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Leitura
Ler, do latim ‘legere’, escolher, colher, recolher
Livros são páginas faladas
Páginas faladas assim como histórias são recheadas de palavras, letras, pontos, traços
Traço, marca primordial da subjetividade e da singularidade, para todo sempre impresso em nosso ser
Biblioteca, residência de livros, “lugar de cura da alma”, espaço para criatividade, arquivo de memórias
Memória evocada por apenas um traço. Memória é poder, não por acaso para destruir a história de um povo ditadores queimam seus livros ou dificultam o acesso ao conhecimento, sempre tentando apagar sua memória, seu traço singular
A leitura pode ser um rito de nascimento, renascimento, conhecimento, fantasia, sonho, (re)encontro…
O poder dos leitores não se esgota em sua capacidade de reunir informações, ordenar e catalogar, mas em seu dom de interpretar, associar e transformar leituras em histórias, vidas, se articular, construir laços, fazer escolhas
“Os livros podem não alterar nosso sofrimento, podem não nos proteger do mal, podem não nos dizer o que é bom e o que é belo, e certamente não terão como nos livrar do destino comum – a tumba. Mas os livros nos abrem miríades de possibilidades: de mudança, de iluminação”
Colhemos nos livros frutos de conhecimento, de afeto, de fantasia, de sonho, de amparo, de possível transformação
As leituras das letras da vida nos possibilitam es-colher, re-colher, colher e isso é uma construção, elaboração, desejo, muito além de ler um livro
Para que sejam possíveis mudanças sociais, limites para o ódio e agressividade, elaborações mais sofisticadas é preciso que cada sujeito se sinta participante, tomando para si parte do processo. Para isso precisa conhecer suas origens, se implicando na cadeia simbólica, sendo leitor e escritor da história.
Sabemos que essa mudança não depende somente dos livros, ela envolve muitos outros elementos de transformação, mas o conhecimento é um ponto essencial!
A alquimia das palavras ‘deveria’ tornar-se uma experiência de todos!
Como sabemos que não o será, fazemos uma pequena parte em um país repleto de contradições e enfrentando crises tão sérias, Brasil.
Inspirado no Livro “A biblioteca à noite”- Alberto Manguel
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